Quem não controla, não gerencia!
Começo esse texto com a citação de Deming, famoso guru da administração na área da qualidade, que teve bastante sucesso em afirmar que “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende e não há sucesso no que não se gerencia.” Muitas citações consideradas antigas e obsoletas são tão atuais que se encaixam como uma luva na realidade em que vivemos hoje. A de Deming, sem dúvida, é uma delas.
O que Deming afirmou há alguns anos traduz-se, atualmente, em formas de gestão praticadas por empresas de sucesso que constantemente buscam melhorar o seu desempenho, medindo sua performance pela Gestão por Resultados. Esse método de gerenciamento consiste em, de acordo com as diretrizes da organização: i) traçar metas e objetivos estratégicos; ii) medir e monitorar os resultados alcançados; iii) confrontar e analisar o realizado x proposto; iv) traçar planos de melhoria para o atingimento ou para a superação do que foi planejado inicialmente.
Utilizando indicadores, métricas, medições e parâmetros, as empresas podem avaliar o seu resultado total (ou setorial, caso queira) de forma acertada, uma vez que números e dados verdadeiros não dão, geralmente, margem para interpretações errôneas ou informações inconsistentes, desde que sejam analisados da forma correta.
A Gestão por Resultados só alcança sua finalidade quando existe correlação entre os indicadores determinados, pois uma medição absoluta ou isolada pode não significar nada. Por exemplo: avaliar um bom resultado de receita líquida sem observar o resultado operacional em determinado mês pode nos dar a falsa sensação de um excelente resultado, uma vez que não foram avaliados nem os custos nem as despesas do período. Da mesma forma, um alto valor Caixa Geral Livre da empresa não significa que a organização vai bem, pois é preciso saber qual é o índice de liquidez médio de caixa para que ela consiga honrar seus compromissos.
Aqui também podemos fazer um vínculo entre eficácia e eficiência. A Gestão de Resultados trabalha com o conceito de eficácia, uma vez que tem foco no resultado das ações, enquanto a eficiência está diretamente relacionada à Gestão de Processos, que atua claramente nos meios. Como sendo óbvio, não podemos alcançar os resultados por meios duvidosos, mas também não podemos deixar de ter foco nos fins, pois são eles que garantem a perpetuidade do negócio. Dessa forma, podemos afirmar que uma correta Gestão de Resultados assessorada por uma ótima Gestão de Processos garantirá à organização resultados excelentes através de práticas sustentáveis e duradouras.
Uma vez que envolve a avaliação de desempenho de todos os setores da empresa, a Gestão por Resultados é capaz de gerar senso de urgência nos funcionários, pois cria-se uma cultura de colaboração mútua para o atingimento dos resultados, incrementando, consequentemente, a liderança participativa. Além disso, esse modelo também pode ser considerado fator motivacional: quanto mais incentivados estão os colaboradores, mais produtivos eles se tornam e, portanto, mas facilmente atingirão as metas estabelecidas. E quanto mais metas atingidas, mais motivados ficam os funcionários, alimentando, novamente, todo o ciclo.
O modelo de Gestão por Resultados traz grandes ganhos e benefícios para a organização, que se torna mais competitiva no mercado ao saber quais são seus objetivos e suas estratégias. Monitorar resultados para alavancá-los continuamente é essencial para que as empresas se perpetuem e para que consigam alcançar as suas metas. E para qualquer pensamento diferente desse, bastaríamos compactuar com a frase que diz: “Se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve”.
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/quem-nao-controla-nao-gerencia/95097/